quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Suécia retira sadomasoquismo da lista de doenças mentais

O governo sueco desclassificou há alguns dias como transtornos mentais alguns comportamentos sexuais antes considerados “desviantes”. As autoridades consideraram que o sadomasoquismo, o fetichismo e o travestismo são preferências sexuais como outras quaisquer, e que mantê-los na lista de doenças era uma forma de discriminar e estigmatizar seus praticantes.

O país é o primeiro a atender às reivindicações do Revise F65, um movimento internacional que pede a retirada dessas três práticas do Catálogo Internacional de Doenças – CID. O CID é mantido pela Organização Mundial de Saúde e revisado periodicamente, e o Revise F65 luta especificamente contra os itens F65.0, F65.1, F65.5 e F65.6 do catálogo.

Com a adesão da Suécia, é provável que aconteça com o sadomasoquismo e demais fetiches o que aconteceu com a homossexualidade há algumas décadas atrás: o entendimento de que são apenas estilos de vida diferentes do habitual, que podem ser praticados de forma saudável, por pessoas perfeitamente integradas à sociedade.

O tema veio à baila na época em que a ONU estava fazendo inspeções no Iraque para verificar a existência de armas de destruição em massa. Um dos inspetores era integrante de um conhecido clube sadomasoquista de Washington, e foi muito criticado por setores da opinião pública por isso. Ele chegou a pedir demissão do cargo, mas o chefe da equipe, Hans Blix (coincidentemente, sueco), negou-lhe a dispensa, alegando que era um técnico competente e que seus gostos pessoais não tinham relevância no caso.

Os praticantes do sadomasoquismo garantem que a prática é saudável e segura. Afinal, é apenas um teatro, onde não há violência real ou coerção, e onde toda “submissão” é voluntária. Diz-se até que, na verdade, é o escravo que tem o controle da situação, porque toda vez em que achar que o mestre está indo longe demais, basta pronunciar a “senha de segurança” (safe word) que seu dominador é obrigado a interromper imediatamente o que estiver fazendo.

Cena de "Verfolgt"

Para os interessados no assunto, eu indico o excelente filme alemão Verfolgt (Castigue-me), de 2006, que mostra uma relação sadomasoquista entre um jovem delinqüente e sua monitora de liberdade condicional, uma mulher de meia idade que tinha uma vida tranqüila, até que o jovem lhe pede que exerça sua autoridade de forma muito pouco convencional.

A carga emocional da relação entre os dois (onde não há sexo propriamente dito) é enorme, e transforma profundamente as suas vidas. É um filme brilhante, com uma fotografia espetacular em preto e branco, e que deve ser visto de mente aberta.

É claro que não será lançado no Brasil.

O Texto acima foi retirado do site: http://marcuspessoa.net e expressa opinião de seu autor.



Sweden withdraws sadomasochism from the list of mental illnesses

The Swedish government declassified a few days as mental disorders, some sexual behavior once considered "deviant." The authorities considered that the sadomasochism, fetishism and transvestism are sexual preferences as any other, and keep them in the list of diseases was a way to stigmatize and discriminate against its practitioners.

The country is the first to meet the demands of the F65 Review, an international movement that seeks the removal of the top three practices of Diseases - ICD. The CID is maintained by the World Health Organization and reviewed periodically, and F65 Review specifically fight against the items F65.0, F65.1, F65.5 and F65.6 catalog.

With the accession of Sweden, is likely to happen with the S & M and other fetishes what happened with homosexuality a few decades ago: the understanding that they are just different lifestyles than usual, which can be practiced in a healthy way for people perfectly integrated into society.

The subject came up at the time that the ONU was doing inspections in Iraq to verify the existence of weapons of mass destruction. One of the inspectors was a member of a sadomasochistic club in Washington, and was heavily criticized by sectors of public opinion for it. He came to resign from office, but his boss, Hans Blix (coincidentally, Swedish), denied him the exemption, saying it was a competent and that his tastes had no relevance in the case.

The practitioners of sadomasochism ensure that the practice is healthy and safe. After all, is only one theater, where there is no real violence or coercion, and where the whole "submission" is voluntary. It is even, in fact, is the slave who has control of the situation, because every time I think the teacher is going too far, just say the "Secure Password" (safe word) that your ruler is obliged to immediately stop what you are doing.

Um comentário:

  1. Sadomasoquismo é uma arte.. e eu amo servi-la minha Rainha!!

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